COMO ERA ENCONTRAR A BANDA NO CAMARIM EM 1964?
O relato a seguir faz parte do diário mantido por Jacqui Graham, garota de quinze anos que transferiu sua lealdade dos Beatles para os Rolling Stones no fim de 1963 e dedicava seu tempo de lazer para se aproximar deles. Em tempos mais inocentes, antes das medidas de segurança, passes para os bastidores, guarda-costas truculentos e camarins transformados em cortes reais, isso poderia ser muito fácil.
Em 11 de janeiro de 1964, quando os Stones voltam a Epsom Baths, Jacqui e outras garotas estão esperando na entrada de artistas e conseguem seguir todos até o camarim. "O fabuloso Keith" com seu "rosto adorável, fino e inteligente" não se importa de ser visto enquanto passa um creme contra acne, deixando inclusive que Jacqui segure sua garrafa de coca e o boné de mod durante o processo. Brian é definido, de forma profética, como "não parecendo loucamente feliz" e de ter "uma voz bem colocada e bem-falante [...] e um adorável sorriso cansado". Charlie é "um sonho, mas bem menor que eu imaginava" e Bill é "meigo, pequeno, moreno, muito, muito solícito". Mas Mick se mostra uma "grande decepção e um cabeção [...] que pensava estar com tudo em seu terno azul habitual, camisa de algodão marrom e colete xadrez e olhava para nós como se tivéssemos sido trazidas pelo gato, embora tenha olhado para ele uma vez e visto que me olhava de cima a baixo de um jeito bem malicioso. Ainda assim – apesar de ser o pior – ele continua fabuloso!", relatou Jacqui.
Via: Biografia
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