Há 48 anos era lançado o álbum "Let It Bleed"
Em 1969, os Rolling Stones lançavam a obra prima suprema do rock and roll “Let It Bleed”. No dia 5 de dezembro, a emblemática capa em forma de um bolo com vários recheios identificáveis desenhada por Robert Brownjohn, se destacava nas prateleiras das lojas de discos no final dos anos 60. Produzido por Jimmy Miller, o álbum foi gravado no Olympic Studios, em Londres entre novembro de 1968 e novembro de 1969. O saudoso Brian Jones fez sua curta e última participação neste trabalho tocando harpa em “You Got The Silver” e percussão em “Midnight Rambler”. Depois disso, o músico se desligou da banda e seu substituto foi o guitarrista virtuoso Mick Taylor. Não demorou muito tempo e Brian Jones veio a falecer em sua mansão em Cotchford Farm, em Sussex, antiga casa do escritor A. A. Milne, criador do Ursinho Pooh.
O disco é recheado de canções clássicas desde a primeira canção até a última. Quase todas as músicas foram executadas ao vivo, com exceção “Country Honk”. Na verdade, ela é a versão do que se tornou “Honky Tonk Women”. Essa sim é tocada em todos os shows.
O ouvinte que coloca “Let It Bleed” para tocar em sua vitrola, no CD ou no MP3 é levado para uma viagem transcendental assim que começa “Gimme Shelter”. O vocal marcante e emocional de Mary Clayton se entrelaçam com os riffs dramáticos de Keith Richards num embalo passional de tristeza e dor. Em seguida, os ingleses trazem um pouco do velho blues do rei do Delta, Robert Johnson com a cover “Love In Vain”. Em “You Can’t Always Get What You Want”, a participação do London Bach Choir com o arranjo de Jack Nitzsche e Al Kooper deu todo um toque magistral que ficou lindo e perfeito. Foi uma tentativa super ambiciosa, mas o resultado final ficou acima do esperado.