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E SE A PEDRA MENOS BRILHANTE FOR UM DIAMANTE?

O elegante e centrado baterista dos Rolling Stones é um sujeito que se destaca. Talvez não por sua magnificência ao apresentar-se para uma multidão, mas sim pela comodidade e eficiência com quais o faz. Tamanha a naturalidade com que Charlie Watts move as baquetas que o mesmo parece estar levantando uma simples xícara de chá, mesmo encarando um estádio lotado.

É um grande paradoxo que este senhor tenha passado mais da metade de sua vida como membro daquela que é considerada a maior banda de rock de todos os tempos. Apesar do que dizem as lendas, Watts é um músico de formação jazzística, tendendo a valorizar mais a precisão e a técnica a velocidade e o improviso. Isto fez toda a diferença.

"Não gosto de tocar ao ar livre e certamente não gosto de festivais", declarou Charlie sobre a participação dos Rolling Stones no festival Glastonbury, em 2013 . "A pior coisa de tocar ao ar livre é o vento", comentou ainda, referindo-se aos pratos movendo-se e saindo de sincronia.

Não é preciso salientar o perfeccionismo simples que constitui o emblemático baterista, é? Movimentos calculados e despreocupados tornaram-se sua marca registrada, calcando um chão firme os demais companheiros largarem suas linhas irregulares e improvisadas. Charlie é, sem dúvida, a pedra mais dura dentre os Stones. Uma raridade.

Foto: Getty images


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