Watts espera que o fim dos Stones seja amigável
Charlie Watts, o baterista de 76 anos dos Rolling Stones, que com seus parceiros septuagenários anunciou a primeira turnê pelo Reino Unido em cinco anos, afirmou que se o fim da banda fosse amanhã, estaria tudo bem.
“Eu amo tocar bateria e amo tocar com Mick e Keith e Ronnie, eu não sei sobre o resto, não me aborreceria se os Rolling Stones falassem ‘é isso... chega’.”
“Eu não sei o que eu faria se eu parasse. Keith é ótimo para dizer ‘uma vez que você começou, continue’. A grande preocupação para mim é estar bem o bastante. Felizmente, nós não trabalhamos mais como antes. Há grandes hiatos entre cada show.”
Muitos músicos e artistas de certa idade estariam considerando seu legado, mas não Watts, que disse estar surpreso com a reação à morte de David Bowie. “Eu pensei que as pessoas ficariam muito tristes, obviamente, e ele era um cara adorável e escreveu algumas boas canções. Mas para mim, ele não era esse gênio da música”.
Watts disse que não tem ideia se a atual turnê “No Filter” seria a última. “Para mim, gostaria de estar no domingo, 8 de julho, no final do show em Varsóvia. Isso é o quão longe posso ver”.
Os dias difíceis duram muito, comentou Watts, que disse não ter bebido álcool ou fumado por algum tempo. “Estamos chegando ao período dos idosos, então é bom não fazer isso. Quando você tem 40 anos e você está de ressaca, você se levanta e toma outra bebida e você sai de novo. Eu não acho que poderíamos fazer isso hoje em dia... nessa idade. Fumar e beber não é como se estivessemos nos anos 50. Nos anos 40 e 50, cada estrela de cinema fumava. Você nunca verá uma estrela de cinema bebendo ou fumando, não é moda, fico feliz em dizer. De outro modo, arruinou os clubes de jazz... eles são totalmente diferentes do que eu consideraria um clube. Eles se tornaram muito clínicos”.
Se a banda acabar algum dia, ele espera que seja sem rancor. “Eu odiaria dissolver não amigavelmente. Eu gostaria que Mick dissesse, ou eu ou Keith ou quem quer que seja... ‘Eu não quero mais fazer isso’, por qualquer razão, e nós apenas diremos ‘é isso’. Eu não gostaria que fosse uma discussão ou qualquer outra coisa”.
Foto: PR Company Handout
